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Pé diabético a principal causa de hospitalização da pessoa diabética.

  • Enf.Angélica Faria - Especialista em Infecção e
  • 4 de ago. de 2018
  • 3 min de leitura

O número de pessoas diabetes Melitos do tipo 2 está crescendo, e, consequentemente, também a frequência das complicações a longo prazo associadas à doença. Esse aumento está relacionado a danos que comprometem produtividade, qualidade de vida e sobrevida dos pacientes, além de envolver um alto custo. As ulcerações nos pés atingem cerca de 15% dos pacientes com diabetes ao longo da vida e o tratamento dessas feridas é complexo, principalmente daquelas infectadas e com acentuada profundidade, que contribuem para maior possibilidade de amputação. O risco de amputação de membros inferiores em pacientes com diabetes é aproximadamente 40 vezes maior que na população geral. Um estudo realizado no Brasil mostrou que 66,3% das amputações realizadas em hospitais gerais ocorrem em portadores de diabetes. Havendo elevadas taxas de internações, amputações e mortes por este agravo em vários lugares do país. Estudos nacionais, embora escassos, mostram a precária condição de assistência aos portadores de diabetes especialmente no sistema publico, pois muitos deles não têm informações adequadas ao autocuidado, e poucos têm seus pés examinados nas consultas.

O pé diabético grave coloca a vida da pessoa em risco sendo a principal causa de internação da pessoa diabética. Os desfechos destas internações, mostra que em mais da metade os pacientes evoluirá com algum tipo de amputação, e, em cerca de 13% dos casos, houve óbito. Essas são taxas realmente elevadas e comparáveis àquelas encontradas em países subdesenvolvidos, onde o planejamento e a organização do cuidado referente ao pé diabético ainda não foram implementados. Diante deste cenário a crescente preocupação com a redução das taxas de amputações em pacientes diabéticos em muitos países, desde 1990, a OMS, por meio da Declaração de Saint Vincent, sugere estratégias preventivas e terapêuticas, a fim de reduzir as amputações em 50% no mundo.

Uma das estratégias passa pela estratificação e classificação dos pés da pessoa com diabetes recebe uma pontuação (score) que vai do zero (0) ao cinco (5) e serve para direcionar a conduta clinica inicial. Grau zero o paciente tem o pé em risco, mas não tem ferida e por isto precisa vigilância e cuidados pediátricos para a prevenção de complicações. A prevenção e fundamentada no planejamento do cuidado integral com o portador de diabetes, o que envolveria a inclusão de ações educativas e do exame dos pés dos pacientes na consulta de rotina. No grau 1 já tem ferida superficial mas sem infecção e todos os tratamento inicias devem ser instituídos com profissionais capacitados para o manejo adequado e pode ser realizado no consultório. Dos graus 2 em diante a complexidade das feridas vão aumentando com necessidade de internação para tratamento mais complexos. Neste momento será necessário o tratamento em centro especializado para tratamento de feridas, para onde seriam referenciados os casos de pé em risco de ulceração ou já ulcerados. Estas medidas foram eficazmente aplicadas em vários países desenvolvidos, com diminuição significativa das taxas de amputações e dos custos relacionado ao pé diabético.

A simples medida de examinar os pés buscando sinais de comprometimento neurológico dos pés ou vascular, antes do aparecimento dos sintomas é fundamental, pois em muitos casos as alterações são assintomáticas, evidenciado pela literatura que esta medida tem impacto positivo na queda dos agravos aos pés e nas taxas de amputações.

A prevenção de ferida continua sendo o pilar mais importante, no manejo clinico dos pés das pessoas diabéticas.

 
 
 

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